Equity e salário: Os planos da MLS e Miami para Messi

A novela Messi-MLS começou faz algum tempo, talvez há uma década.

Depois de diversos anos de namoro e rumores, com o argentino saindo do PSG a possibilidade de concretizar esse sonho parece estar mais próxima.

O Inter Miami, franquia da MLS que tem David Beckham como um de seus acionistas parece ser um dos 3 principais pretendentes a contratar o maior jogador de todos os tempos.

Ao que indica, Messi teria 3 opções de destino após o término de seu contrato com a equipe francesa:

Voltar para o Barcelona, seu ex-clube que pode lhe oferecer participar das maiores competições europeias além de um plantel mais qualificado; a Arábia, que teria oferecido ao argentino um mega salário de US$400 milhões ao ano para jogar no Al-Hilal, porém que tiraria o atacante dos holofotes da Europa; e, por fim, o Sul da Flórida, onde Messi tem uma propriedade, costuma passar férias e existe uma próspera comunidade latina, além do glamour e marcas americanas que capitalizariam com sua presença nas terras do Tio Sam.

Em entrevista à CBS Sports, Messi teria dito que gostaria de jogar nos Estados Unidos um dia.

Acontece que: A MLS não consegue igualar o prestígio do Barça ou a qualidade em campo e menos ainda pode igualar os valores oferecidos pelo mundo Árabe.

Para conseguir Messi, MLS e Inter Miami provavelmente terão que ir além de um salário alto. Irão precisar considerar tudo, desde participação acionária até o possível financiamento de terceiros, ou até mesmo, inventar um acordo que, como o Comissário da Liga mencionou: “vai ser inovador

A rota que o Inter Miami poderia seguir pra conquistar Messi

Em teoria, o Inter Miami, que é de propriedade majoritária do empresário bilionário Jorge Mas e seu irmão José Mas, poderia pagar a Messi o quanto quiser.

Porém, Jorge Mas, que supostamente liderou a busca por Messi, não acumulou um patrimônio líquido de US$1.1 bilhão gastando irracionalmente. Ele não vai pagar a Messi US$400 milhões por ano, e provavelmente nem US$200 milhões. Isso seria aproximadamente quatro vezes mais do que a receita total do Inter Miami em 2022 (US$56 milhões, segundo a Forbes) e talvez cinquenta vezes mais que o maior salário de sua folha. (A folha salarial da equipe em 2022 foi de US$24.2 milhões de acordo com a MLS Players Association)

O salário de Messi em Miami certamente seria o mais alto da história da liga, bem além dos US$14 milhões que o Toronto FC atualmente paga anualmente para Lorenzo Insigne.

Além de um salário de oito dígitos, o Inter Miami poderia oferecer a Messi participações minoritárias no clube – atualmente avaliado em cerca de US$600 milhões, um número que certamente cresceria com a chegada de Messi e a eventual conclusão de um novo estádio.

Lionel Messi poderia, além de jogar pelo Miami, se tornar dono minoritário do clube ao lado de Beckham e sócio dos irmãos Mas, junto a isso, se tornaria sócio e acionista da MLS como um todo. Ele poderia receber, por exemplo, uma participação de 10% da franquia de Miami que no valor atual seria referente à aproximadamente US$60 milhões, mas esse valor aumentaria tanto quanto o próprio Messi e outros pudessem impulsioná-lo.

Esse seria um acordo sem precedentes na história da MLS. O mais próximo disso seria a chegada de David Beckham ao LA Galaxy em 2007. O contrato do inglês previa, além do salário, também uma opção de compra de uma franquia de expansão no futuro por “apenas” US$25 milhões. Condição que ele exerceu em 2018 ao fundar o Inter Miami.

As oportunidades para Messi no futebol dos Estados Unidos parecem ser infinitas, e de fato parecem ser extremamente interessantes e promissoras.

Seguiremos acompanhando essa história até seu desfecho e eu, pessoalmente, gostaria que tivesse um “final feliz” para a MLS.

Seria interessantíssimo ver como o maior mercado de marketing esportivo do mundo se comportaria ao receber o maior jogador de todos os tempos em sua terra.

E você, o que acha?

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